Forças Inexplicáveis
Recentemente (páscoa 2017) completou 2 anos de um fato ocorrido com minha filha Fernanda Sofia que gostaria de explanar por aqui.
Era um domingo de páscoa, estávamos de visita na casa dos meus sogros em Maravilha-SC, nossa segunda filha (Laura Manuela) estava com poucos meses de vida, sempre fui meio pa(i)ranóico com as coisas que cercam minhas filhas, logo, sou do tipo pai observador (sufocante talvez as vezes haha), que tem que ficar no controle da situação para auto segurança de que tudo está bem (comigo e com elas).
Pois bem, nesse dia por algum motivo infeliz e por alguns minutos minha filha Fernanda Sofia resolveu brincar de correr em torno de casa (fiquei sabendo disso após o ocorrido), foi então que ela acabou se desequilibrando, caindo e bantendo de cabeça num banco de pedra que fica no pátio do jardim.
Ouço um grito forte :
- Paiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Saio correndo para fora de casa, e, uma imagem me derrubou emocionalmente na hora, eu não tive tempo pra escutar o que meus sentimentos tinham pra me contar. Minha filha estava aos prantos com o rosto todo coberto de sangue.
Não consegui pensar em nada, só abraçar e sentir ela, transmitir segurança e força pra minha pequena. Ver minha filha com rosto todo cheio de sangue foi a pior cena que presenciei na vida, pois não sabia o que ela estava sentido e nem a gravidade daquilo.
A abracei, fomos ao hospital, fiquei o tempo todo com ela no meu colo grudada em mim. A testa dela estava com uma perfuração, não sabia o que pensar, não conseguia pensar em nada, apenas manter a frieza dos sentimentos e transmitir segurança pra minha pequena.
Com o passar dos minutos, fomos atendidos no hospital, foi realizado pontos no rosto da Fernanda, sob conselhos do médico eu pude entender a situação com maior clareza.
Depois de algumas horas voltamos para casa, no conforto do lar e com a certeza das coisas estarem no seu devido lugar, fui tomar um banho pra aliviar a tensão do dia, e lá, eu chorei como nunca havia chorado, desabei em lágrimas, pude enfim assimilar tudo que havia ocorrido durante aquele dia.
Ser pai/mãe é isso, quando tu se sente impotente, provar a eles o contrário, demonstrar força e esperança sempre, e de forma “underground” chorar feito uma criança.