Princípio da Não Agressão. Que tal?
Hein? Wtf? Tranquilo, eu explico…
Desde que comecei a me interessar pela filosofia política libertária, descobri já de início que o PNA (Princípio da Não Agressão) é uma premissa essencial para entender a “parada toda”.
Na lógica do PNA, consideramos a vida, a propriedade e a liberdade como direitos naturais do indivíduo. Caso alguém ferir qualquer um desses direitos naturais contra indivíduos pacíficos por meio de ameaça/agressão já autorizou de forma proporcional uma retaliação.
Obviamente esse princípio complexo e muito fomentado no passado pelo economista Rothbard (já li alguns livros dele) causa também inúmeras críticas e longas conversas em grupos de estudo. Um exemplo de crítica ao PNA que gosto bastante é o aborto, que inclusive é um assunto que não há consenso na comunidade libertária. Vou tentar explicar.
Vamos ao caso: Uma mulher está grávida, mas não deseja ter o filho pois pode afetar a vida dela por N motivos, lembrando que ela tem total domínio do próprio corpo (mais um direito natural no caso, a propriedade). Não obstante, nesse mesmo caso, há uma inversão de valores, que parte do princípio que existe uma vida pequena já em curso, e intervir ceifando esta, fere o mesmo direito natural, a vida, só que nesse caso do bebê.
Entendem a lógica do caso? A mulher grávida está desconfortável com a situação, e quer resolver com o aborto para preservar a vida dela, mas ao mesmo tempo não está permitindo o bebê escolher sobre a vida no futuro. Ambas as situações refletem sobre o direito natural da vida. Na minha opinião, um assunto sem fim nem resolução ética.
Bom acho que era isso que queria explanar de forma simplória.
Para absorver melhor esse princípio, fica também a dica do livro “A Ética da Liberdade”.